O que é qualidade de tecido?

Fios 100’S, 120’S, 150’S…. quer dizer a qualidade que tem o tecido?

Super 100’S, 120’S, 150’S, você sabe o que quer dizer?

Esses números sempre aparecem quando estamos a procura de um terno. “Este possui excelente qualidade, é um Super 150’S tal frase parece fazer to sentido ao justificar a qualidade na hora de escolher um traje, mas você realmente entende o que nomeamos por Super 150’S?

Ao contrátio do que muitos pensam, este número não é a contagem de fios por polegada quadrada. Para entendermos melhor voltaremos um pouco na história

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Afinal, o que é contagem de fios?

Antigamente, nos mercados de lã em Yorkshire – Inglaterra, local famoso por sua cidade (Huddersfield) dominar a indústria mundial de tecelagem por 150 anos, a qualidade da lã era classificada por sua espessura e a quantidade de novelos possíveis de extrair em 1 libra (453,5g). Se 1 libra produzia 60 novelos então o tecido era nomeado 60S, se fossem 70 seria 70S, ou seja, quanto mais fino o pelo do animal mais novelos poderiam ser feitos e mais macias, sedosas e caras eram as fibras. Diferente do algodão, que a contagem de fios por polegada quadrada é quem classifica a nomenclatura do tecido. Mas tem que entender a história para entender de qualidade.

A la mais fina vem das ovelhas de raça Merino, suas origens situam-se na Península Ibérica e permaneceu na Espanha, isolada do resto do mundo, até nal do século XVIII Ao longo desses séculos, o merino espanhol se tornou lider em lã de luxo, onde produziam revestimentos de 60S a 65S. Após ser introduzida na França no final do século XVIII, a criação de ovelhas Merino começou a se espainar pela Europa e América.

Ao longo dos anos, algumas ovelhas na Austrália (descendentes das ovelhas espanholas) desenvolveram revestimentos que cresceram até os 70S e 80s, onde tais läs-topo de linha e limitadas- foram destinadas a Savile Row (Rua dos alfaiates em Londres – Inglaterra). Porém, produtores australianos não satisfeitos, realizaram meticulosas reproduções seletivas para serem capazes de criar ovelhas com pelos cada vez mais finos. Logo, alguns dos animais começaram a produzir revestimentos que ultrapassavam a linha 70S e 80S, que por muito tempo dominou o ápice da qualidade do mercado de lã

Quantidade de fios mede qualidade?

Até 1960 a contagem de fios eram apenas conhecidos por produtores e não pelo consumidor das peças, para os tecelões da época o 100s era o extraordinário o melhor, dal surgiu o “SUPER” apelidado como SUPER 100’S

No inicio não teve muita repercussão entre os consumidores, mas a indústria em Tokyo no Japão que usavam todos os tecidos Britânicos, achavam o SUPER 100’S digno do apelido, e isso impulsionou o termo SUPER, onde os tecidos SUPER não tinham problemas de quebra de fios na hora de tecer. Mas a contagem da espessura de fios que eram podadas a mão. não eram precisas, então havia uma mistura de fios SUPER 60S, 70S, 80S e 90S, logo então a Austrália com ajuda da tecnologia conseguiu separar os fios mais finos e garantir a entrega de 100S para cima, classificados exclusivamente como SUPER

A partir daí foram descobrindo a variação da lã conforme a condição de vida dos animais e classificação das raças. Descobriram também que uma condição de vida excessivamente farta, produzia läs grossas, então com o controle certo da alimentação e condição de pasto, poderia se produzir läs até 250S (considerado a menor espessura possível para um fio de Iã)

Neste período após a segunda guerra a Itália que estava “quebrada”, o governo começou a investir na área têxtil oferecendo grandes subsídios aos tecelões da cidade de Biella, no norte do país, onde era o centro de comercio têxtil da Itália. Eles sobressaem visando escimento do mercado de trajes prontos após a segunda guerra e diferente da Inglaterra, o clima quente da Itália, ajudou a popularizar os tecidos mais leves, produzindo peças com tecidos cada vez mais finos e mais macios ao toque, fazendo com que o melhor tecido Inglês parecesse uma lixa, assim ganhando notoriedade no mercado de roupas de luxo.

Então no inicio da década de 90 os tecidos SUPER 120’S eram considerados os melhores para um traje descente e de qualidade, e os tecidos super 150’s eram considerados de luxo e as melhores marcas não trabalhavam com tecidos inferiores a 150’S.

Mas há controvérsias sobre a “contagem” dos fios, muitos tecelões não aceitam como um aspecto de qualidade de tecido, pois vai depender muito da ondulação da fibra, oleosidade natural, durabilidade de ponta a ponta e processo de tecelagem. Então hoje usamos a contagem de fios para saber somente como é o aspecto do tecido, sabemos que é um tecido mais leve e delicado, pode-se ser m o ou áspero dependendo da lã. mas no geral é mais cara

Contagens de fios não significa qualidade ou nobreza, vai muito mais além de espessura ou quantidade de fibras no tecido, isso porque vai depender da qualidade da lã, a forma e técnica como foi tecido e a tecnologia nas fibras.

Bem, como todos os trajes no Brasil são FUSIONADOS com entretelas termocolante, em questão de frescor e qualidade, tanto faz um tecido nobre ou um tecido barato, ambos serão revestidos com poliéster, a diferença vai estar na durabilidade da calça e no toque do tecido.

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